“Grandes empresários preferem
Aécio, mas acham que Dilma leva”. Este era o título de reportagem publicada
pelo Valor, em 17/05/2013. Citava pesquisas feitas com presidentes de 97 das
200 maiores empresas privadas do país.
Segundo o levantamento, 66% dos
entrevistados preferiam o tucano. É verdade que Dilma tinha 65% na população em
geral, mas isso não basta para o projeto petista para o País. E Davos acaba de
mostrar isso.
O discurso de Dilma na Suíça pode
ser considerado uma nova "Carta aos Brasileiros". Em busca da reeleição,
ela reedita o documento divulgado por Lula nas eleições de 2002 para
acalmar o “mercado”. É uma nova “Carta aos Banqueiros”.
Alguns trechos do que Dilma disse:
"Buscamos com determinação a
convergência para o centro da meta inflacionária". "A
responsabilidade fiscal é um princípio basilar da nossa visão do
desenvolvimento econômico e social". "Em breve, meu governo definirá
a meta de superávit primário para o ano consistente com a redução do
endividamento público."
Davos reúne os representantes
dos maiores exploradores do mundo. São banqueiros e empresários a quem o
governo petista quer agradar a qualquer custo. Não somos nós que dizemos. As
palavras são do petista André Singer, ex-porta-voz do governo Lula:
A ida de Dilma Rousseff ao
Fórum Econômico Mundial faz parte de um árduo roteiro, uma espécie de caminho
de Compostela, que a mandatária se vê condenada a cumprir para obter a
absolvição dos endinheirados. Há um ano o governo busca, sem sucesso, mostrar
ao mercado financeiro que desistiu da "aventura" desenvolvimentista e
deseja restabelecer o "status quo ante" (Folha de S. Paulo,
25/01/2014).
Leia também: Dilma reafirma pacto
conservador
Olá, Sérgio!
ResponderExcluirVc consegue explicar qual seria a alternativa ao modelo escolhido pelo PT, o que chamam de aventura desenvolvimentista?
Oi, Nelia. Não sei se consigo explicar em poucas palavras. Imagino que uma alternativa seria o resgate das bandeiras históricas do PT, como a Reforma Agrária, ampliação e investimento nas redes públicas de saúde, educação e transporte urbano, investimento em pequenos empresas e produtores agrícolas, desatrelamento da estrutura sindical do Estado, incentivo a fontes sustentáveis de energia, fim da agenda neoliberal centrada no controle da inflação, superávit primário e economia dolarizada, auditoria da dívida interna. Estas e algumas outras bandeiras defendidas por muitos setores e partidos de esquerda como PSOL, PCB, PSTU, MST, MPL e setores do próprio PT, entre outros. Espero que tenha ajudado a esclarecer.
ExcluirOk em relação às bandeiras históricas. Minha ignorância em relação à economia limita a análise, acho. Mas chuto que o caminho de investir nos pequenos empresários e, claro, no social, movimenta e sustenta a economia. A neura dos índices fica superada quando há vontade e apoio politico.
ExcluirÉ um pouco poraí, Neila (desculpe pelo "Nelia" da outra resposta). O fato é que apostar no aprofundamento do atual modelo com apenas alguns remendos sociais não deve dar resultado algum em relação ao combate à desigualdade estrutural e secular da sociedade brasileira.
ExcluirObrigado pelos comentários
Abraço!