A Gazeta de
Lisboa informava, em 1795, que:
...foram
gerais e muito repetidos os aplausos que expressavam a admiração que causou a
firmeza e sonora flexibilidade da sua voz, reconhecida por uma das mais belas e
mais próprias para [o] teatro.
Como se vê, Lapinha
fazia grande sucesso. Mas apresentava uma característica pouco tolerada por seu
público. O escritor Carl Ruders explica:
Joaquina
Lapinha é natural do Brasil e filha de uma mulata, por cujo motivo tem a pele
bastante escura. Este inconveniente, porém, remedeia-se com cosméticos.
Hitler era admirador
confesso de Gustav Mahler, apesar da origem judia do grande compositor e maestro.
Até o racismo é capaz de se render à arte. Mas não à humanidade que ela
representa.
Esta é mais uma
das informações da série de programas “Alma Latina: Música das Américas sob
domínio europeu”, de Paulo Castagna. Ela foi transmitida pela Rádio Cultura FM
de São Paulo, disponível na página http://paulocastagna.com/alma-latina.
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