Os resultados das últimas eleições mostram uma onda
conservadora no País. Mas não apenas pela chegada com força de Aécio Neves ao
segundo turno.
Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria
Parlamentar (Diap), o Congresso eleito é o mais conservador desde 1964.
A bancada ruralista, por exemplo, cresceu de 205
parlamentares para 273. Uma maioria capaz de levar à aprovação de medidas ainda
mais prejudiciais ao meio ambiente, direitos indígenas, reforma agrária etc.
Já o número de parlamentares ligados à atuação sindical,
caiu de 83 para 46. Muito preocupante se considerarmos o projeto-de-lei 4330, em
tramitação na Câmara. A proposta pretende liberar de vez a terceirização nas relações
trabalhistas.
O Diap também prevê um aumento em torno de 30% de
policiais e militares eleitos. Entre eles, o fascista Jair Bolsonaro, campeão de
votos no Rio de Janeiro.
Mas vamos a alguns detalhes.
O partido com mais parlamentares ruralistas é o PSC.
A sigla dos “pastores” Marcos Feliciano e Everaldo fez parte da base petista até
as vésperas das eleições. Já os outros dois partidos mais representativos do
agronegócio são PR e PRB, que continuam na coligação liderada por Dilma.
O autor da PL 4330, da terceirização, é Sandro
Mabel, do PMDB de Goiás, que faz parte da base governista.
E os petistas têm participação indireta até na votação
de fascistas como Bolsonaro e Coronel Telhada. O forte desempenho dessa gente, certamente,
foi embalado pela repressão às manifestações surgidas a partir de junho de 2013.
Operações que os governos petistas não só apoiaram como comandaram.
A onda conservadora existe e é grave. O governo petista
faz parte dela.
Perfeito!
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