Em agosto, Aécio Neves era o candidato favorito dos
grandes empresários. É o que indicou pesquisa realizada pelo jornal Valor em
evento que reuniu 120 executivos de grandes empresas, em 06/08. O tucano tinha
a preferência de 47% dos presentes.
Com a morte de Eduardo Campos, Marina entrou na
campanha. Em 29/08, o Valor publicou a matéria “Para derrotar Dilma, mercado
'marinou'”. Por mercado entenda-se o setor financeiro, que se entusiasmou com a
ex-senadora. Não por razões ideológicas, diz a matéria, mas por ver nela uma
grande oportunidade para derrotar Dilma.
Dilma, por sua vez, é a preferida pelo agronegócio.
Não é só o apoio entusiasmado de Kátia Abreu, senadora e presidente da
Confederação da Agricultura. Eraí Maggi, conhecido como o "rei da
soja", também se declarou favorável à reeleição de Dilma.
Mas as diferenças eleitorais entre empresários,
banqueiros e latifundiários são apenas isso mesmo: eleitorais. É o que mostram as
doações para as campanhas. Os três primeiros colocados recebem quase 95% das
doações do grande capital. Com o agravante de que a candidatura de esquerda é,
disparado, a mais beneficiada.
A grande imprensa cobra dos candidatos favoritos a apresentação
de seus programas de governo. Mas há um programa com o qual os três concordam. Ele
inclui o rombo causado pelo pagamento dos juros da dívida interna no orçamento
público. Ou a “bolsa-banqueiro” representada pelo superávit primário. As metas
de inflação e os juros estratosféricos também estão garantidos.
Este programa não foi posto em questão por nenhum
dos primeiros colocados nas pesquisas. É ele que está em prática e continuará a
valer, vença quem vencer.
Leia também: Eleições: no máximo, mudarão as moscas
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