Abaixo, novos relatos do livro “Parteiras da Revolução”, de Jane McDermid.
Uma grande lutadora bolchevique em defesa dos direitos das mulheres foi Konkordia Samoilova. Em 1903, quando fazia um trabalho militante entre ferroviários de Baku, ela foi acusada por algumas das esposas deles de tentar “roubar” seus maridos. O incidente ajudou a convencê-la da necessidade de concentrar-se no trabalho junto às mulheres da classe trabalhadora.
Dez anos mais tarde, Konkordia desempenhou papel fundamental na organização da primeira manifestação do Dia Internacional da Mulher na Rússia. Embora ela tivesse dificuldades em convencer seus camaradas bolcheviques a apoiarem suas ações, a persistência e seriedade de sua atuação conseguiu atrair muitas trabalhadoras.
Konkordia ajudou a fundar o “Rabotnitsa”, jornal bolchevique voltado para as mulheres operárias. Nessa condição, desenvolveu atividades de educação política através de cursos voltados às das trabalhadoras das fábricas. Trabalho que seria fundamental para a criação da seção feminina do partido. Konkordia morreria em 1921, aos 43 anos, vítima de cólera.
Assim como Nádia Krupskaya, esposa de Lênin, Vera Slutskaia atuava no importante distrito industrial de Vyborg, em Petrogrado. Inicialmente, ela resistia à organização separada das mulheres. Mas, diante da decisiva participação feminina na Revolução de Fevereiro, ela passou a organizar as trabalhadoras a fim de manter o seu impulso revolucionário.
Vera ajudou a promover grandes comícios de mulheres em Vyborg, mostrando ao partido bolchevique que era necessário criar uma sessão especial para coordenar esse trabalho. Perdeu a vida defendendo a Revolução de Outubro, logo depois da tomada do poder pelos sovietes.
Essas são apenas duas das muitas guerreiras anônimas que foram fundamentais para a vitória bolchevique.
Leia também: As mulheres bolcheviques e o machismo bolchevique
Nenhum comentário:
Postar um comentário