Em dezembro passado, o jornal The Guardian noticiou o uso de inteligência artificial pelas Forças Armadas israelenses nos ataques a Gaza. Segundo a reportagem, os militares israelenses alegavam utilizar tecnologia para realizar ataques “cirúrgicos”, diminuindo o número de vítimas civis.
Na época, já haviam se passado mais de dois meses do início do conflito. Hoje, após oito meses, os ataques à população de Gaza mostraram que nada têm de “cirúrgicos”. Até agora, mais de 14 mil crianças palestinas foram mortas. O mais recente bombardeio foi a uma escola da ONU, que deixou pelo menos 40 mortes, incluindo mulheres e crianças.
Outro conflito envolvendo bombardeios em Gaza aconteceu em 2014, informa o jornal. Nos 51 dias que duraram os ataques, as forças israelenses atingiram cerca de 6 mil alvos. Em comparação, somente durante os primeiros 35 dias da atual guerra, Israel já havia atacado 15 mil alvos.
Uma hipótese muito provável é a de que a inteligência artificial esteja apenas seguindo os parâmetros enviesados pelo racismo genocida de seus criadores.
“Agora, pois, matai todos os meninos entre as crianças, e todas as mulheres que conheceram homem, deitando-se com ele”. Estas palavras são de Moisés, após ter se enfurecido contra seu exército por ter poupado as crianças e mulheres do povo midianita.
O trecho pertence ao livro de Números, capítulo 31, versículo 17, do Antigo Testamento. Mas jamais poderia servir como justificativa para o extermínio de nenhum povo, nem resume o que significa ser judeu ou cristão. Apesar disso, o nome da plataforma de inteligência artificial utilizada pelo estado israelense é “O evangelho”.
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É o fim, a inteligência artificial adquiriu um status de coisa melhor, taí um grande exemplo do quanto melhor ela pode ser.
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